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quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

19/12/1992 - Londrina E.C. 1x0 União Bandeirante F.C. - Decisão Campeonato Paranaense 1992 - Parte II


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          ... O gol solitário do zagueiro João Neves, no terceiro e decisivo confronto com o União Bandeirante, dava o título ao Tubarão em um sábado de Estádio do Café lotado. Era o último grande feito do clube na última final caipira estadual.

          Naquelas três semanas de dezembro, Curitiba perdeu o posto de capital da bola no Paraná, logo que o Atlético tombou diante do Londrina e o Paraná caiu diante do União, pelas semifinais. O sotaque caipira tomou conta de tudo.

          “Os torcedores se encheram de orgulho. Dava para perceber isso nas ruas, com todo mundo usando a camisa dos clubes, os jogadores dando entrevistas sem parar. Foi um tempo muito especial, que guardo com carinho”, relembra o volante Alexandre Bianchi, 42 anos, uma das revelações daquele Tubarão.

          De fato, uma decisão longe da capital é algo raro. Foram somente quatro vezes em 98 edições (desconsiderando na conta o Supercampeonato). E, desde 92, Atlético, Coritiba e Paraná sempre estiveram envolvidos na briga pelo caneco. Paranavaí, vice em 2003 e campeão em 2007 e Adap, vice em 2006, foram os únicos intrusos do interior nessas duas décadas.

          “Essa oportunidade de jogar uma final com outro time no interior nos deu ainda mais responsabilidade para vencer. Ainda mais que o clube não era campeão desde 1981”, comenta o zagueiro londrinense Márcio Alcântara, 50 anos. Pesava também a rivalidade. Dois representantes do Norte, Londrina e União protagonizavam confrontos “pegados” e equilibrados. Na primeira fase, empataram por 2 a 2. Igualdade mantida nos dois primeiros encontros da finalíssima: 0 a 0 e novo 2 a 2.

          “Jogar lá em Bandeirantes não era nada fácil. O time deles chegava junto. Mas o nosso não aliviava também”, relembra Aléssio, 42 anos, ponteiro alviceleste na ocasião. Por suportar menos de 15 mil pessoas, o estádio do União não foi utilizado na decisão. Os três duelos aconteceram em Londrina.

          O segundo deles foi, de longe, o mais emocionante. Perdendo por 2 a 1, o Tubarão esteve perto de ver o oponente dar a volta olímpica em sua casa. Até que, no último minuto, Márcio aproveitou um cruzamento na área para igualar e forçar o pega derradeiro.
          
          “Quando fiz o gol foi uma emoção muito grande. Lembro da nossa torcida invadindo o gramado, todo mundo me abraçando. Jamais esquecerei”, declara o autor do gol salvador.

Texto de André Pugliesi – Gazeta do Povo -19/12/2012

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Página revista e atualizada em 10/08/2021

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