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Tiago Recchia - Gazeta do Povo - Esportiva
Marco Jacobsen - Folha de Londrina
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Página revista e atualizada em 14/08/2021
Coincidências
ResponderExcluirSeria mesmo heresia traçar paralelos entre um time até aqui imbatível no returno de um Campeonato Paranaense com o Tubarão exterminador nos Brasileiros de 77 e 80. Mas ainda fuçando o passado, e o passado geralmente explica o presente, é possível encontrar pelo menos algumas felizes coincidências.
Por exemplo, Paranaense de 1981. O Londrina iniciou o returno em débito com a torcida após ver o arquirrival Grêmio Maringá conquistar o primeiro turno e assegurar a vaga na final. O clube buscava uma espécie de redenção. Como agora. “Com os problemas que a equipe apresentou até agora, só mesmo com espírito de luta o Londrina conseguirá recuperar o prestígio junto a sua desanimada torcida”, escrevia o mesmo Flávio Campos na Folha de Londrina em agosto daquele ano.
Sem ser brilhante, apenas eficiente, o LEC chegou ao quadrangular final do returno. E aí já era um novo time. Como agora. Terminou em primeiro e de forma invicta, inclusive vencendo os três últimos jogos (Matsubara, Coritiba e Grêmio). Foi à grande final contra o próprio Grêmio já na condição de melhor colocado na classificação geral do campeonato.
Nos dois jogos decisivos, venceu de novo: 3 a 2 em Maringá e 2 a 1 no Estádio do Café, diante de mais de 43 mil pagantes. O Tubarão foi campeão estadual pela segunda vez na história e encerrou o campeonato com cinco vitórias seguidas. O radialista J. Mateus, outra testemunha ocular do que de melhor houve na história alviceleste, não vê exagero na comparação deste Londrina com o de 31 anos atrás. “O futebol daquele time era objetivo, jogava bem dentro e fora de casa. E o futebol que esse time está jogando no segundo turno é dos melhores que o Londrina já teve”, afirma o locutor da Rádio Paiquerê AM. Naqueles dias de 1981, o torcedor alviceleste se permitiu sonhar alto demais. Como agora.